Flávio Carrera, hoje aos 44, confirma que sua veia empreendedora é de família, mas sua motivação para enfrentar desafios da vida é apenas natural.
“Segurança é você se antecipar aos fatos. É algo preventivo, não emergencial,” ele explica.
A CAVA, fundada em 1983, é uma empresa de segurança especializada em vigilância patrimonial. Hoje atua em diversos setores, sendo mais presente em feiras e eventos.
Quando seu pai, fundador e até então presidente faleceu em Março de 2020, Flávio assumiu as rédeas para dar continuidade aos projetos de seu pai e estabelecer novas metas.
Apesar de ter se afastado da empresa por um pouco mais de uma década para ganhar experiência, Flávio cresceu com a CAVA assumindo seu primeiro cargo aos 13 anos como entregador.
“Quando eu fui pra dentro, passei por todos os setores para entender o que era a empresa e como ela funcionava,” diz Flávio, “Até que cheguei no setor comercial, e foi aí onde me encontrei.”
Aos 17 Flávio procurou uma formação em comércio exterior, o que para ele estava diretamente relacionado à sua experiencia com a CAVA, “Eu encaro feiras como um comércio exterior. Feiras lidam diretamente com a balança comercial,” ele explica, “Assim eu saberia qual era o setor que estaria com mais pujança e outros que estavam em queda para o equilíbrio de valores.”
Dias após assumir a liderança da CAVA, Flávio se viu diante uma crise de saúde pública que trazia diversos desafios não só para a sua empresa, como também para o mercado.
Ele lembra que por três meses sentiu o impacto da situação de maneira intensa, “Mas eu vou te dizer eu consigo sempre extrair algo benéfico de um vulcão em erupção.”
“Um copo meio vazio, meio cheio. Eu vejo sempre o copo meio cheio,” diz Carrera.
Assim o empresário decidiu tentar virar a situação, resolvendo primeiro desafios internos para então estender a atuação da CAVA no mercado.
Ser bem sucedido, para Flávio, “não é quando você é reconhecido. É quando você vê que as suas atitudes e o seu desenvolvimento com ações, aquilo que você se propõe a fazer em termos de especialização vêm dando certo.”
Nesta simbiose entre clientes e fornecedores no mercado de feiras, um dos grandes detalhes que a CAVA se preocupa é personalizar o serviço para as necessidades de cada contratante.
Mesmo assim, respeitando o nível de importância de cada evento, independente de seu tamanho. “O evento de dez pessoas hoje amanhã pode ter cem,” diz o presidente da CAVA.
Com uma gestão moderna, Flávio explica que seu maior diferencial é mostrar a cara. Passar segurança para o cliente é importante até em sua postura. Ele julga como importante tentar sempre estar presente para conhecer seus clientes, apoiar sua equipe e passar a segurança que a CAVA promete quando fecha negócio com seus clientes.
Desde o início do processo de retomada após a pandemia do COVID-19, a empresa tem realizado trabalhos de grande porte como a Fenatran, uma das maiores feiras de transporte do mundo, e a recente campanha presidencial do candidato Luís Inácio Lula da Silva.
Apesar das dificuldades, suas motivações são fortes, como “Perpetuar algo que meu pai construiu há 40 anos, gerenciar uma empresa em um país onde muitas empresas não duram mais do que cinco anos, estar em um setor tão complexo em um mercado que parou durante 18 meses, etc,” diz Flávio.
“Então nós somos vitoriosos sim. Uma dificuldade aqui e uma dificuldade lá mas a gente virou esse jogo todo.”
Por: Thaïs Grandisoli